1.UX é uma estratégia de negócio 

Não é possível “fazer um pouco de UX”. Aplicar UX aos seus projetos é uma necessidade constante como qualquer outra. Deve estar presente sempre e não apenas em algumas situações, especialmente aquelas em que algo parece não ir bem.
Empresas como Amazon, Google, Facebook e muitas outras estão sempre investindo em UX. Por quê? Porque elas sabem que UX é um processo iterativo, quer dizer, que você precisa fazer sempre, de forma estruturada. Você pesquisa, cria, testa, faz ajustes, melhorias, testa de novo…

E por que precisa ser assim? Porque as necessidades e os hábitos das pessoas mudam, a tecnologia evolui, e você precisa sempre testar e analisar o seu produto ou serviço para cobrir eventuais falhas, pontos fracos que possam estar desalinhados com as mudanças que tenham ocorrido.

A melhor Experiência do Usuário resulta na melhor conversão.

Imagem retirada do artigo “11 things you need to know to talk about UX” de Paul Manwaring

2. Você não é o usuário do produto ou serviço que cria

Muitos profissionais acreditam que os usuários pensam e agem como eles. Não é verdade. Os profissionais, em geral, conhecem o produto/serviço e o negócio de uma forma muito mais profunda que o usuário, e isso se torna um viés, mesmo que indesejado. Em geral, o usuário sabe muito pouco sobre o seu produto ou serviço. Ele só sabe que precisa ter uma necessidade atendida.
O seu produto ou serviço precisa ser pensado, criado, ajustado para o que o seu usuário quer e precisa de verdade, e não para o que você acredita que ele quer e precisa. Infelizmente, a dura realidade é que você não tem condições de saber isso se não for lá fora ver e ouvir o seu usuário.
Até o Google já se deu mal nessa história. Alguém lembra do Google Buzz? Era para ser uma rede social que se integrava ao seu Gmail lançada em 2011. Antes de ser lançada, foi “testada” com 20 mil funcionários do Google. Quando foi lançada para o público foi um fiasco. Além de problemas de privacidade, havia funcionalidades que tinham sido apreciadas pelos funcionários mas que não agradaram aos usuários e que foram duramente criticadas. O Google Buzz foi suspenso apenas alguns meses depois de ser lançado.

3. Muitas opções não garantem uma boa UX

É comum encontrar sites e aplicativos cheios de funcionalidades, com muitas opções para o usuário. O problema é que ter muitas opções nem sempre é algo bom para o usuário e o efeito pode ser o contrário: o usuário se confunde e se irrita com tanta coisa na sua frente, desiste, não volta mais e ainda fala mal.
Na maioria das vezes o usuário só quer fazer uma atividade bem direta. Então, descubra o que ele precisa de verdade e ofereça o que ele quer de um modo simples e fácil. Não adianta encher seu site ou aplicativo de funcionalidades que o usuário não precisa, não quer e não vai usar. Você está gastando mal os seus recursos e não vai obter o retorno desejado.


Cartoon da UX designer Satu Kyröläinen

4. Teste de Usabilidade é crucial para uma boa UX

Eu já ouvi de gerentes de empresas que não seria mais necessário testar as novidades que estavam colocando no site porque agora tinham um profissional de UX que foi contratado para garantir que tudo funcionasse bem, e que então aquelas falhas de usabilidade que aconteceram em projetos passados não iriam mais acontecer.

Não se engane. O profissional de UX, que pode ter um excelente conhecimento de Usabilidade, também não é o usuário!
O profissional de UX é necessário para garantir que não sejam cometidos erros grosseiros e para guiar o trabalho de outros profissionais envolvidos. Mas ele sozinho não tem como garantir o sucesso da interface. Por mais que qualquer profissional saiba, ele não é o usuário. Para garantir que uma interface seja simples, eficiente e fácil de usar é imperativo testar com usuários reais, típicos do público alvo. E mais: aplicar corretamente os testes de usabilidade, seguindo a metodologia adequada e utilizando profissionais especializados para fazer uma análise criteriosa dos resultados.