A Experiência do Usuário ganhou espaço na seção de Defesa do Consumidor do caderno de Economia do jornal O Globo deste domingo, em uma reportagem sobre as dificuldades que as pessoas enfrentam para comprar roupas pela internet.

Informações do estudo da MSUX, “UX na medida”, foram utilizadas na reportagem para informar os leitores e leitoras sobre como enfrentar os desafios na hora de comprar roupas online.

Você pode fazer o download grátis do estudo na íntegra no site da MSUX e ver quais foram os principais problemas analisados e as melhores práticas para oferecer uma boa experiência de compra de roupas.

Abaixo, você pode ler a reportagem publicada em O Globo:

Na web, acertar tamanho de roupa é desafio

Falta de medidas, de fotos e de dados sobre troca é o ponto fraco do e-commerce de moda, aponta estudo

Reprodução

RIO — Achar a modelagem certa, a cor desejada e o preço que se pode pagar já não é tarefa fácil quando se está disposto a bater perna na rua atrás da roupa ideal. Quando se opta por fazer compras na internet, o acerto é quase um golpe de sorte. Falta de medidas e de diversidade de modelos, dados insuficientes sobre a composição do produto e regras de troca e devolução de difícil acesso são alguns dos problemas extras enfrentados pelos consumidores de roupas na web. É o que aponta estudo inédito da consultoria MSUX, especializada em estratégia de user experience(experiência do usuário), sobre o e-commerce de vestuário, segmento que hoje representa 30% do comércio eletrônico no Brasil, segundo a 3ª Pesquisa Nacional do Varejo Online, feita pelo Sebrae em 2016.

LEIA TAMBÉM: As orientações básicas para quem vai comprar roupas pela internet

— Há mais de 15 anos, observamos consumidores usando a internet, e verificamos que há uma grande insatisfação e frustração diante de sites que são confusos, difíceis de usar, que não mostram claramente o que ele quer saber e que geram insegurança na hora de comprar — diz Mercedes Sanches, especialista em usabilidade e coordenadora do estudo, destacando que o grande atrativo da compra de roupas pela internet é a conveniência, além dos preços.

Escala de medidas falha

Para o estudo, a consultoria simulou a compra de uma camisa de malha básica ou similar, masculina e feminina, em mais de uma dezena de sites. Um dos pontos críticos, na maioria dos casos, foi a forma como são apresentados os tamanhos das roupas. De acordo com Mercedes, P, M, G, por exemplo, não deveriam ser usados isoladamente, como frequentemente ocorre. Isso porque, como não há um padrão de medidas no Brasil, a informação é insuficiente para que o comprador selecione o tamanho com segurança.

— A falta de padrão nos tamanhos das roupas aqui no Brasil é uma realidade. E a maioria dos sites analisados traz uma tabela geral de tamanhos, sem especificar as medidas. Portanto, não garante que a peça comprada corresponda à expectativa do comprador.

Análise dos sites

Veja alguns erros e acertos mais comuns encontrados nos sites brasileiros

Um bom exemplo, mas ainda pouco frequente, apontado pelo estudo, é o de um site que, além de informar em centímetros dados como ombro, busto e comprimento da peça, traz a altura e as medidas da modelo que exibe o produto na foto. Há sites que vão além e apresentam fotos de modelos vestindo as peças dos tamanhos PP ao GG, dando uma ideia mais clara do caimento da peça em diferentes corpos. Outro ponto fora da curva é o que permite ao comprador informar idade, peso e altura e, a partir desses dados, orienta qual é a melhor opção para o seu biotipo, de acordo com escolhas de outros clientes.

— Ao comprar uma roupa, seja em sites nacionais ou estrangeiros, as brasileiras devem dar preferência àqueles que apresentem de forma clara as medidas da peça, e não uma escala geral de tamanhos, como P, M, G. Deve-se observar ainda se há diversidade de fotos em ângulos diferentes ou vídeos onde seja possível ter uma referência de tamanho e caimento — aconselha Mercedes, acrescentando que as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros no e-commerce de moda não são muito diferentes do que se vê no cenário internacional.

Diante da dificuldade de identificar o tamanho certo, a arquiteta Luiza Rodrigues, de 24 anos, compradora frequente de sites de vestuário, criou uma estratégia:

— Normalmente, escolho números maiores, pois, se tiver qualquer problema, mando apertar. Não fico olhando as especificações sobre medidas porque nem sei direito as minhas — admite.

Um bom exemplo, mas ainda pouco frequente, apontado pelo estudo, é o de um site que, além de informar em centímetros dados como ombro, busto e comprimento da peça, traz a altura e as medidas da modelo que exibe o produto na foto. Há sites que vão além e apresentam fotos de modelos vestindo as peças dos tamanhos PP ao GG, dando uma ideia mais clara do caimento da peça em diferentes corpos. Outro ponto fora da curva é o que permite ao comprador informar idade, peso e altura e, a partir desses dados, orienta qual é a melhor opção para o seu biotipo, de acordo com escolhas de outros clientes.

— Ao comprar uma roupa, seja em sites nacionais ou estrangeiros, as brasileiras devem dar preferência àqueles que apresentem de forma clara as medidas da peça, e não uma escala geral de tamanhos, como P, M, G. Deve-se observar ainda se há diversidade de fotos em ângulos diferentes ou vídeos onde seja possível ter uma referência de tamanho e caimento — aconselha Mercedes, acrescentando que as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros no e-commerce de moda não são muito diferentes do que se vê no cenário internacional.

Diante da dificuldade de identificar o tamanho certo, a arquiteta Luiza Rodrigues, de 24 anos, compradora frequente de sites de vestuário, criou uma estratégia:

— Normalmente, escolho números maiores, pois, se tiver qualquer problema, mando apertar. Não fico olhando as especificações sobre medidas porque nem sei direito as minhas — admite.

por Ione Luques / Camila Zarur | 15/10/2017 4:30
Texto publicado na íntegra em O Globo

UX na medida: a experiência ao comprar roupas pela internet

Clique aqui para ter acesso ao estudo completo